Dia 4 -
Safi –
Essaouira –
Sidi KaoukiDe manha vimos que
não havia ondas por lá mas o potencial daquilo era enorme. O
Baganha conheceu uns Brasileiros que andavam por lá e que quiseram tirar "nabos da
pocara" mas
nao levaram nada, pois não
estávamos na
disposição de dividir o pico com 10
brazucas. Se eles aparecerem por acaso, azar, mas avisados por nos seria burrice, "ate breve companheiros..."
Fomos até
Essaoira e fomos ate a uma aldeia chamada
Sidi Kaouki. Encontramos um
spot com alto potencial mas com uma "
ventosga "de
on-
shore terrível, para lá chegar enfiamos a
autocaravana por uns caminhos de cabras. A pobre da
autocaravana gemia por todo o lado e o caminho era tão mau que o Daniel ia á frente a pé para me orientar o caminho. Encontramos um
jeep com matricula Espanhola. O gajo, Espanhol, lá nos indicou o caminho para irmos dar ao local que
procurávamos. Ao chegar vimos montes de
pesudo autocaravanas e um cambada de “fritos” com cães á mistura. Os gajos tinham aspecto de “
chapiteaux” e aproveitei para perguntar a uma “frita” se podia avançar. A gaja estava tão
marada que me olhou com um sorriso e só
assenava com a cabeça, nem falava, reparei que os olhos dela estava completamente vidrados. Olhei á minha frente e só via areia da praia: “-
Oi, se enfiar esta merda ali…”o Daniel: “- Caga nisso
puto, enfia se
atascar empurramos com a ajuda da “fritaria”! Pois, deveria de ser lindo empurrar uma
autocaravana num
arial com uma
cambada de “fritos” com o cérebro todo gripado atrás. Onde estava ficou, perto duma manada de camelos
selvagens que por ali pastavam e que os “fritos” olhavam com se de uma obra de arte se tratasse.
Fomos até ao cabo ver o mar, estava muito vento e havia ondas mas depois do que
tínhamos surfado no dia anterior,
estávamos numa de descansar. O Daniel andava armado em
espeliologo, á procura de fosseis, e eu lá alinhei enquanto o
Tó e o
Baganha tiravam umas fotos a um
bacano que por lá andava com um burro (todo
fodido, ele e o burro, CLARO). Lá consegui fazer a inversão de marcha e aproveitamos para almoçar num… coo
ei de lhe chamar? Um local que era meia casa meia cavalariça meio restaurante. O melhor é não olhar aos "
pormenores" da higiene ou
entao nao comes mesmo nada. Aviamos um
Tagine de peixe. O peixe foi escolhido por nós, uma tainha apanhada na manhã. Pedi
autorização para levar o nosso vinho para a mesa e bebemos quase 3 litros dele,pois o dono do tasco emprestou-nos uma garrafa vazia de coca-cola de litro para "disfarçar" o que era
impossível disfarçar pois a bebedeira foi enorme. Começamos o almoço as 4 e acabou ás... bem,
não me lembro pois eu estava mesmo nas ultimas. Ainda deu para beber um figo (
aguardente), e comer uns figos cheios que a mãe do Chagas nos mandou para a viagem. As bebedeiras eram colossais, o
Baganha só falava do figo como o melhor que já tinha bebido, o Daniel gozava com tudo e com todos que lhe passavam pela frente, eu ria sem parar mais parecia um “frito” e o
Tó… esse, passeava, por aquele vilarejo fedendo a merda de burro e camelo como se de Paris se tratasse. O
Baganha perguntou pelo
Tó e o Daniel, logo com a resposta na ponta da
língua. “- Tu na vez que ele tá apaixonado? Aquilo é amor
man, o gajo tá a pensar nela ou então e com quase a certeza… olha, olha não
ele ali na praia?” “Onde?” “Aquele ali ao fundo que tá a vomitar!” Claro, mais uma gargalhada daquelas com os “
Jorges” a olhar para nós com ar de
desdem e com o Daniel a lhes perguntar: “ Vai um
figuinho amigo?”
O
Tó num
asseço de
equilíbrio, enviou-nos na
autocaravana e arrancou direito para
Imessoane que era para Sul mas disse ao
Baganha e ao Daniel que
iamos passar a noite em
Essaouira que fica a Norte, para irmos a uma Disco. Os gajos acreditaram e foi só rir com os planos deles. Mais tarde, depois de uns largos
quilómetros, o Daniel perguntou: “O
Tó,acho que te enganaste no caminho pá, nunca mais chegamos ?!”. Aqui em Marrocos
não se sopra o balão, apenas não podes exceder os limites de velocidade e... acho que é só isso, pois aqui é o
paraíso das
infracções de transito. Eu também estive bem quando
comecei a implicar com o
Tó, quando ele se enfiou por um caminho de terra batida. Dizia que ia para
Imessoane.: “ É pá, ó
Tó, tu lês-te bem? Era
Imessoane com dois “mm” ou dois “
ss”?” Ele numa de gozo respondeu-me que era com dois”mm”. Escusado será dizer que lhe “mui” os cornos até lá chegarmos e com os outros dois a meter “lenha” na conversa.
Neste momento estou na cama a escrever com os
phones enfiados a ouvir
Morchiba e com o Daniel a meu lado a jogar um jogo de futebol no PC dele, onde compra e vende jogadores... coisa de gerente de bomba
ahahahah.
Ate
ja, vou-me
amalhar.