sábado, 27 de fevereiro de 2010

Imesouane 1ºdia



























































Dia 5 de viagem


Foi uma visão inesquecivel com Imssoane a bombar. 1 a 1,5 perfeito e com ondas de 300 a 400 metros sem nenhuma sessão a fechar á frente. Tinha chegado ao Changrilá dos LongBoarders. Entrei para uma sessão que nunca mais irei esquecer, fiz as ondas mais longas da minha vida ao ponto de me doer as pernas de tanto bombar e manobrar. Os hang 5 foram mais longos que fiz ate hoje, senti-me tão bem. Surfamos das 8 ate 9.30 e eu durante todo este tempo não parei e fiz apenas 4 longas ondas pois a volta ao pico tem de ser feita pela longa baía e a pé, uma caminhada de uns 400 metros (talvez mais dependendo da distância onde vais parar), desde o local onde a onda termina até ao pico. Não foram muitas mas foram de altíssima qualidade. Um par de horas depois voltamos a entrar para mais umas ondas lindas, com 1 metro mas com um glass de me deixar a babar. Houve momentos em que não surfava só para poder ver as ondas a passar tal era a perfeição delas, era mesmo um regalo para os olhos.
O Tó viu um Japonês a abusar com aquela merda. Logo a seguir ao stant up avançava para um longo hang-ten . Glass, ondas mágicas, muito calor, estava no meu Changrilá, sem margem de duvida.
Durante a tarde fomos a Agadir as compras. Aproveitamos para almoçar em Tagazout e enchemos o deposito de água da autocaravana a garrafões, o que foi de morrer mas como sempre um “cagar” de rir com o Daniel e o Baganha aos gritos dentre da casa de banho onde enchíamos os garrafões, a cantar a musica do Manelito Cigano – “Deixa essa droga”, hino desta viagem. Lembro-me de o gajo que abastece os carros, num momento, de silêncio, apanhar um cagaço de morrer quando Baganha BERROU com todas as forças : “ DEIXA ESSA DROGA, QUE ESSA DROGA TE MATAAAAAAAA”, até me doía a barriga de tanto rir com a cara do “Jorge”!
O gajo ficou em pânico, deve ter pensado que estava a matar alguém na casa de banho, tal era a fuça do “Jorge”.
Voltamos a Imessoane e dormimos mesmo por lá mas antes estivemos a conversa até bem tarde enquanto comíamos uma bela chouriça assada na frigideira com o belo do vinho seguido dum cafézinho bem quente. Estava um frio de morrer pois aquela zona é quase desértica e as amplitudes térmicas são enormes, se de dia pode atingir facilmente uns 30 graus, á noite baixa para uns 10 com a maior facilidade.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Dia 4 - Safi - Essaouira - Sidi Kaouki















































































































































































Dia 4 - SafiEssaouiraSidi Kaouki
De manha vimos que não havia ondas por lá mas o potencial daquilo era enorme. O Baganha conheceu uns Brasileiros que andavam por lá e que quiseram tirar "nabos da pocara" mas nao levaram nada, pois não estávamos na disposição de dividir o pico com 10 brazucas. Se eles aparecerem por acaso, azar, mas avisados por nos seria burrice, "ate breve companheiros..."
Fomos até Essaoira e fomos ate a uma aldeia chamada Sidi Kaouki. Encontramos um spot com alto potencial mas com uma "ventosga "de on-shore terrível, para lá chegar enfiamos a autocaravana por uns caminhos de cabras. A pobre da autocaravana gemia por todo o lado e o caminho era tão mau que o Daniel ia á frente a pé para me orientar o caminho. Encontramos um jeep com matricula Espanhola. O gajo, Espanhol, lá nos indicou o caminho para irmos dar ao local que procurávamos. Ao chegar vimos montes de pesudo autocaravanas e um cambada de “fritos” com cães á mistura. Os gajos tinham aspecto de “chapiteaux” e aproveitei para perguntar a uma “frita” se podia avançar. A gaja estava tão marada que me olhou com um sorriso e só assenava com a cabeça, nem falava, reparei que os olhos dela estava completamente vidrados. Olhei á minha frente e só via areia da praia: “- Oi, se enfiar esta merda ali…”o Daniel: “- Caga nisso puto, enfia se atascar empurramos com a ajuda da “fritaria”! Pois, deveria de ser lindo empurrar uma autocaravana num arial com uma cambada de “fritos” com o cérebro todo gripado atrás. Onde estava ficou, perto duma manada de camelos selvagens que por ali pastavam e que os “fritos” olhavam com se de uma obra de arte se tratasse.
Fomos até ao cabo ver o mar, estava muito vento e havia ondas mas depois do que tínhamos surfado no dia anterior, estávamos numa de descansar. O Daniel andava armado em espeliologo, á procura de fosseis, e eu lá alinhei enquanto o e o Baganha tiravam umas fotos a um bacano que por lá andava com um burro (todo fodido, ele e o burro, CLARO). Lá consegui fazer a inversão de marcha e aproveitamos para almoçar num… coo ei de lhe chamar? Um local que era meia casa meia cavalariça meio restaurante. O melhor é não olhar aos "pormenores" da higiene ou entao nao comes mesmo nada. Aviamos um Tagine de peixe. O peixe foi escolhido por nós, uma tainha apanhada na manhã. Pedi autorização para levar o nosso vinho para a mesa e bebemos quase 3 litros dele,pois o dono do tasco emprestou-nos uma garrafa vazia de coca-cola de litro para "disfarçar" o que era impossível disfarçar pois a bebedeira foi enorme. Começamos o almoço as 4 e acabou ás... bem, não me lembro pois eu estava mesmo nas ultimas. Ainda deu para beber um figo (aguardente), e comer uns figos cheios que a mãe do Chagas nos mandou para a viagem. As bebedeiras eram colossais, o Baganha só falava do figo como o melhor que já tinha bebido, o Daniel gozava com tudo e com todos que lhe passavam pela frente, eu ria sem parar mais parecia um “frito” e o … esse, passeava, por aquele vilarejo fedendo a merda de burro e camelo como se de Paris se tratasse. O Baganha perguntou pelo e o Daniel, logo com a resposta na ponta da língua. “- Tu na vez que ele tá apaixonado? Aquilo é amor man, o gajo tá a pensar nela ou então e com quase a certeza… olha, olha não ele ali na praia?” “Onde?” “Aquele ali ao fundo que tá a vomitar!” Claro, mais uma gargalhada daquelas com os “Jorges” a olhar para nós com ar de desdem e com o Daniel a lhes perguntar: “ Vai um figuinho amigo?”
O num asseço de equilíbrio, enviou-nos na autocaravana e arrancou direito para Imessoane que era para Sul mas disse ao Baganha e ao Daniel que iamos passar a noite em Essaouira que fica a Norte, para irmos a uma Disco. Os gajos acreditaram e foi só rir com os planos deles. Mais tarde, depois de uns largos quilómetros, o Daniel perguntou: “O ,acho que te enganaste no caminho pá, nunca mais chegamos ?!”. Aqui em Marrocos não se sopra o balão, apenas não podes exceder os limites de velocidade e... acho que é só isso, pois aqui é o paraíso das infracções de transito. Eu também estive bem quando comecei a implicar com o , quando ele se enfiou por um caminho de terra batida. Dizia que ia para Imessoane.: “ É pá, ó , tu lês-te bem? Era Imessoane com dois “mm” ou dois “ss”?” Ele numa de gozo respondeu-me que era com dois”mm”. Escusado será dizer que lhe “mui” os cornos até lá chegarmos e com os outros dois a meter “lenha” na conversa.
Neste momento estou na cama a escrever com os phones enfiados a ouvir Morchiba e com o Daniel a meu lado a jogar um jogo de futebol no PC dele, onde compra e vende jogadores... coisa de gerente de bomba ahahahah.
Ate ja, vou-me amalhar.

Dia 3 - Bouznika - Casablanca - El Jahdida



































Dia 3 (Bouznika - Casablanca)
Entramos na manhã do dia seguinte com ondas mesmo grandes, 2 metros sólidos mas descansado com um canal e sem stress. Surfamos a manhã toda, apesar de eu estar um pouco em stress por causa do meu LB, pois bastava uma ondita daquelas para o fazer em 3 partes, Atirei-me a todas as que consegui apanhar e... que ondas. Direitas longas que quase, com todas as secções juntas, dava para chegar a praia. 200 metros de uma onda perfeita. Após 3 horas de surf, fomos tomar o pequeno almoço, mas antes de chegar ao carro, aproveitei (ainda com o fato vestido e o LB debaixo do braço) para falar com um pescador que estava a arranjar uns belos de uns linguados. Tinha também uns 8 camarões tigres com ele, ainda tentei fazer negócio mas o gajo disse que teria de falar com o patrão e como eu não estava com pachorra de aturar mais um”Jorge”, bazei e fui ver outros pescadores.Reparei que havia muitos gatos e todos estremamento bem alimentados, deu para perceber o porquê, os pescadores alimentam-nos com os restos do peixe que amanharam. Eu adoro gatos e meti-me com muitos deles e eram mansinhos depois de ganharem a minha confiança. Aproveitei para conhecer o resort de luxo (onde morava a gaja do X3), perto do local onde estava a autocaravana e que casarões há por lá. Aquilo é mesmo para malta rica. Casas lindas num local maravilhoso.
Passaram 2 horas do pequeno almoço e o Tó desafiou-me para mais uma entrada e lá fomos. Não estava a espera do que se iria passar. Enquanto entravamos a entrar o resto do pessoal que estava na água começava a sair pois a maré estava muito cheia, mas ontem com a maré cheia vieram as maiores do dia e hoje... FODA-SE QUE MONTANHAS. Não me lembro de ter surfado ondas tão grandes havia muito tempo. Foi uma hora na água para 6 ondas surfadas, três para cada um. Vieram BARRANOS com 3 metros e eu de LB-Nose ride,boa hem? Mas portou-se a maneira sem problema. A cada onda ouvia gritos das pessoas que nos viam. O Tó desceu uma onda mesmo a minha frente que fazia 3 dele no bottom e ia com um sorriso daqueles ( ao escrever este texto, fiquei de repente com um frio na barriga só de me lembrar). Não me vou esquecer daquela onda nunca mais pelo tamanho dela e pela cara do Tó. Houve uma , também, que não vou esquecer, que dropei com o Tó aos berros "dá-lhe caralho, é gigante, dá-lhe caralho"... nunca mais chego ao bottom, foi o que pensei, que montanha de água, 3 metrões sólidos que ate me caguei todo, no bottom dava para ver o tamanho e mais tarde vi um filmezito duma que não foi a maior e dava para meter 3 gajos do meu tamanho em cima da minha cabeça e só assim dava para ver o horizonte. Quando terminei,termia de tanta adrenalina. O Tó saiu pela praia principal e eu sai por uma prainha entre as pedras apinhada de gente que nos via. Veio um Francês ter comigo e disse-me "que ondas brutais que surfas-te. Vou entrar também com o meu LB e tentar a minha sorte, parabéns", as pessoas por onde passava olhavam-me com um sorriso até que vi o Daniel no meio deles todo fodido por não ter conseguido filmar as maiores que surfamos apesar de as ter visto. Foi um momento inesquécivel.
Partimos para El-Jadida e fomos jantar uns belos camarões grelhados com um Tajine de galinha, para pagar por tudo €28,boa hem? 285 dirams.
Partimos mais tarde, depois de um chá de menta, para Safi para pernoitar por lá.